A LONGA CAMINHADA (Não Necessariamente Para o Oeste)

sábado, 2 de abril de 2011

DA: Passado, Presente e Futuro



Visto que ultimamente eu recebi duras críticas pelas coisas que escrevo por aqui, principalmente no episódio da Enearte, resolvi fazer uma análise sobre gestões dos Diretórios Acadêmicos que o meu curso de Artes Plásticas teve. Tentarei ser o mais imparcial possível (se bem que não acredito que existia alguém 100% imparcial).

Bem, quem conhece a Universidade Federal de Pernambuco sabe que ela tem peso no seu nome, considerada uma das melhores do país. Entretanto, como quase tudo que existe no Brasil, existe uma desigualdade gritantes nos centros acadêmicos, onde alguns tem ensino com qualidade de 1º mundo e outros são muito precários de uma tristeza sem tamanho. O meu se chama Centro de Artes e Comunicação ou simplesmente CAC, que faze junto com 2 outros a... digamos... a parte pobre da nossa universidade. E se existe um curso considerado o pior dos piores ou pelo menos tenta ser o pior, ele é o meu curso de artes.

É tão mal falado que nem mesmo alguns alunos do próprio dá o seu devido valor. Mesmo sabendo que ele não é considerado assim tão importante para instituição, eu decidi fazer assim mesmo porque gosto muito de desenhar e sempre apreciei a arte em geral. Só que para a minha surpresa, o curso conseguiu me decepcionar muito mais do que eu estava programado a tal fim. Não só eu como outros colegas que entraram junto comigo tiveram essa mesma impressão, onde nem recebido direito pelos veteranos ou professores. Aí que entra o lance do DAs...

Coletivo Dalí e OGRITO

Quando chegamos, estávamos na gestão do "Coletivo Dalí": Um DA que só correspondia por e-mail, sendo que a única vez que os membros apareceram pessoalmente foi no dia que era para pegar nossos contatos. Interessante que eles só mandava Spans (copia e cola) e nunca respondia as nossas mensagens, além de que o local que era reservado para o DA e que pela lógica poderíamos encontrar os membros, só vivia fechado. Muitas reclamações posteriores como por exemplo: Quando teríamos o direitos de ter os armários, viagem para eventos de artes no Brasil entre outras reivindicações... fez com a cada dia ficássemos mais desapontado com esta representação. Então quase um ano depois, quando o pessoal da minha turma já estava se decidindo formar um grupo para uma nova gestão, outras pessoas foram mais rápido criando "OGRITO".

Não querendo competir, demos o maior apoio para este grupo (apesar que tinha muita gente que eu até hoje não vou com a cara). Ele estava empenhado em suprir todas as necessidades e aparentemente no início parecia que assuntos pedentes como os armários finalmente seriam resolvidos, além de ter um blog informativo (também era só copia e cola, mas já era alguma coisa). Entretanto com o passar do tempo, percebemos que era mais propaganda do que ação e também teve o mesmo problema de ausência e fora que ainda não resolveu o problema dos armários trancados, sem contar da incompetência em conseguir pela Federal um ônibus para os alunos poderem ir a Bienal de Artes de São Paulo. Vendo essas negativas, era hora de levantar as mangas e mudar a nossa realidade por nós mesmos.

A Ponte

E essa foi proposta deste DA, de que agora todos fazem parte do DA para assim juntos conseguir conquistar os direitos que sempre almejamos, onde desta vez os membros eram formados por boa parte dos meus amigos e com o espírito de querer realmente acontecer. Muitas foram as conquistas e finalmente depois de já 2 anos de curso, teríamos a oportunidade de usar os armários, tivemos mais espaço para arte no CAC e entre outros centros da UFPE além da viagem da Enearte para Salvador. Mesmo não sendo membro, contribui com a minha parte participando em pesquisa de campo, filmando vídeos e dando sugestões.

Tudo parecia umas mil maravilhas... mas com um tempo comecei perceber certas coisas que me incomodava...

Percebi que em certos membros apareceu uma política ufanista de dá a maior importancia a autopromoção e não porque apenas fez o que devia ter sido feito. Logo de cara achei errado, pois essa gestão não fez algo a mais e sim apenas a sua obrigação, coisa o que as outras não fizeram. Por isso nunca concordei com essa promoção exagerada, já que sempre achei que o objetivo maior era ajudar os nossos colegas de curso e não de ficar de propaganda. Pois bem, fui discuti o quanto é desnecessário essa postura, acabei sendo taxado de um indivíduo que só faz criticar e que não ajudou em NADA na formação desta gestão. Sinceramente na 1ª vez que ouvi isso, senti um pouco desapontado da pessoa que proferiu tais palavras... entretanto, quando eles conseguiram mais um ano de gestão e agora com mais membros (uns até de cabide), percebi que fiz bem em não ter participado como membro efetivo desde o início.

A certeza disso eu tive no último encontro de estudantes, onde nosso colegas de cênicas estavam sendo censurados ridicularmente e não tinha nenhum dos representantes do DA para apoia-los. Se não fosse eu registrar parte do que tinha ocorrido, talvez tudo ficaria por isso mesmo ou como a própria representante do DA disse quando soube: "Esse pessoal de Cênicas é tudo uns frescos, vem aqui só para gente passar vergonha" - quem sabe ela teria uma opinião contrária se ao invés de querer passear de trenzinho, tivesse ido para plenárias apoiar nossos colegas e ver o que realmente aconteceu.


E são coisas como essas que sou contra, pois não é porque a gestão atual a maioria são meus amigos que eu devo fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo. É uma pena que muitos recebem as minhas críticas pelo lado pessoal, tendo alguns não querendo falar comigo mais... mas paciência! Ora, não faço média com os meus pais e pessoas próximas, quanto mais com meus amigos.

Pintando Pontes


Depois de 2 anos, o grupo teve uma outra alteração e desta vez até um pouco no nome, que agora se chama "Pintando Pontes". Não sei se vai continuar com a mesma política de contar vantagem no que é simples obrigação, mas de qualquer forma continuarei a minha postura de elogiar quando merecer ser elogiado e criticar quando realmente estiver errado. Afinal...

Perco o amigo, mas não a minha sinceridade.

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