Tem coisas que a gente só ver o valor no momento que ela passa e talvez seja isso que aparenta essa foto ao lado, que hoje nem parece que passou tanto tempo desde que ela foi tirada. Esses são o pessoal que entrou comigo para curso de Educação Artística/Artes Plásticas da Universidade Federal de Pernambuco.
Tantas lembranças, tantas alegrias, tanto entusiasmo... era assim que a gente se sentia no momento que ingressamos no nosso curso.
E começou bem logo no íncio: Quando não tinha pessoa alguma para nos informar onde ficava a sala que teria a 1ª aula. Sem saber, ficamos andando nos corredores do CAC (Centro de Artes e Comunicação) procurando pela a bendita sala, que dela a gente só sabia o nº: 37. E daí que veio a famosa frase: "Onde fica a sala 37?" que acabou por tabela virando o símbolo da turma. Lembro-me como era legal ir para o curso, principalmente por causa dos professores: Assistir as aulas do egocêntrico Michelotto (que por sinal é o velho de cabelho vermelho na foto), assisti os filmes de Ricardo Bigi, morrer de tédio nas aulas de Pedrosa, falar de Foclore com Helena Tendirini (principalmente se o assunto for Cavalo Marinho), vê os slides descoloridos de Marilene, jogar conversa fora nas aulas de Cyntia... e o melhor de tudo, ouvi altas discursões junto com a turma de Cênicas sobre Cultura Brasileira nas aulas de Trotta... como era muito bom!
Sentia que a turma naquela época era mais unida, pois a convivência era tão sadia que não se via o tempo passar. Só que com um tempo, certos indivíduos não achava isso interessante e acabou criando contenda no meio. Eu tentei reverter a situação nos bastidores, mantendo o espírito coletivo ainda vivo... porém não tive êxito. No máximo que conseguir foi ser insinuado por alguns que eu era o mais egoísta e bronco da turma. Hoje penso que se tivesse ficado na minha e não tentasse "forçar" uma união, talvez agora não estaríamos tão afastados.
Ontem foi a formatura da turma, ou tecnicamente deveria ser... afinal, são 4 anos do curso de Artes Plásticas. Só que foram poucos os que de fato se formaram... uns trocaram de curso, outros desistiram e alguns apenas atrasaram, como foi o meu caso. Não sei o que eu fiz foi inteligente ou uma burrice, pois dos que atrasaram eu fui o único que não tinha motivos para isso e não precisava fazer. Talvez por dá muito ouvidos a fuxicos, tomei atitudes que agora vendo não precisava ter tomado. Mas de qualquer forma, acredito que se tivesse me formado no tempo certo, estaria do mesmo que estou hoje: Sem chão e muito esmorrecido.
Enfim, independente das vitórias ou derrotas, felicidades ou tristezas... a gente tem que sempre lembrar as coisas boas, pois o que é ruim com o tempo perde seu significado. E o que é bom não.
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