A LONGA CAMINHADA (Não Necessariamente Para o Oeste)

domingo, 11 de setembro de 2011

As Torres Gêmeas



Impressionante... nem parece que já se passaram 10 anos. Mais impressionante ainda é eu usar o meu tempo para falar de assunto... no decorrer da postagem irão saber o porquê.

Bem... em 1º lugar eu não vou me entreter ao suposto atentado em si, as milhões de pessoas mortas, como isso afetou a história entre outras papagaiadas... a tevê já está fazendo isso muito bem, além de outras mídias e até blogs com certeza o farão. Aqui vou fixar no meu ponto de vista na época em relação ao acontecimento e meu ponto de vista agora depois desses anos todos.

Na época já fazia quase 2 anos de eu ter terminado o 2º grau. Não tinha entrado ainda numa universidade e continuava com uma depressão que começou em 2000. Lembro que era muito raro o antiamericanismo no ocidente, mesmo já crescendo alguns anos antes. Para dizer a verdade, teve momento que chegava a pensar que só era eu que tinha repúdio daquela nação de tanta gente que puxava o saco dela... isso hoje parece piada, mas quem viveu nos anos 80 e 90, sabe do que eu estou falando.

Sempre fui uma pessoa crítica de tudo que ouvia ou diziam para eu fazer, mesmo não conseguindo impor os meus pontos de vistas, ficava na minha questionando o que era transmitindo desde pequeno como "certo". E uma delas era que Estados Unidos da América era representante do bem e da democracia, que só entrava numa briga apenas para defender essas 2 vertentes. Ironicamente foi em um desenho que percebi todos os jogos de alienação cultural que desde pequeno somos obrigados a receber e que geralmente quando temos consciência disso, o estrago já foi feito. Parti daí, sempre procurava ver o outro lado, outras opiniões e como a versão da história deles. Foi numa aula de história que um professor me fez abrir os olhos totalmente com a seguinte frase: "Na guerra não existem os mocinhos e bandidos, e sim os que ganha e os que perdem". Ou seja, que o importa é que ganha, pois a história é sempre contada na versão de quem ganha e nunca dos derrotados. Comecei a analisar todos os acontecimentos ditados por nossa sociedade com fatos históricos, que olhando com mais detalhe, percebe que não é bem assim. Mas vejamos o que eu pensava e agora penso sobre caso:

2001

Estava eu tranquilamente me preparando para assisti meus desenhos animados quando ligo a tevê, nada de desenho. Tinha um prédio em chamas e por um momento não sabia do que se tratava. Depois o noticiário explicou que se tratava de uma das Torres Gêmeas que ficam em Nova York e que tinha sofrido um acidente. Engraçado é que até aquele dia nem sabia que aqueles prédios eram chamados de Torres e que eram enormes.

Na minha visão, aquilo era uma notícia ou tragédia como qualquer outra e eu tinha mais o que fazer. Entretanto aquilo não parava de ser exibida e já estava me aborrecendo, pois tragédias piores acontecia e nem por isso a mídia dava a devida atenção como deram para essa. Lembro que na época quem pensava diferente era logo taxado desumano e macabro. Já hoje...

2011

Com a mente mais madura, penso diferente... pois mesmo os Estados Unidos sendo o país arrogante, a dor da perda é a mesma aqui, no Japão e por lá... afinal, ela é universal. Ser envolvido por outras pessoas que não tem ligação alguma e perder a vida por isso é ato imperdoável. Entretanto, minha opinião ao governo americano não mudou, pois mesmo perdendo sua influência na sua conjuntura atual, continuam vendendo aquela imagem de "certos" e que se preocupa com as coisas justas no mundo.

De qualquer forma, minha visão de agora (humanista e espiritualista) faz com que sinta sensibilidade com todos, sem distinção de credo, posicionamento político ou classe social. Por isso eu me sensibilizo pelos mortos do acontecimento: Desde bombeiros, policiais, civis inocentes até os terroristas.

Conclusão Final

É difícil, mas temos que fazer o possível e até o impossível para tentar entender o próximo... e é isso que falta na humanidade: Entendimento. Só assim teremos a possibilidade de uma paz verdadeira.

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