A LONGA CAMINHADA (Não Necessariamente Para o Oeste)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Procrastinação



Esses últimos dias estava pensando nos rumos que a minha vida tem tomado nesses 2 anos que se passaram. Parece que foi ontem que eu tinha me desfeito de minhas vaidosas tranças para fazer parte de uma performance e que por sinal, fui muito elogiado pelos meus colegas e pelo professor da cadeira em questão. Hoje eu estou sozinho sem rumo e sem muitas perspectivas para o meu futuro... mas como isso aconteceu?

Bem, talvez o motivo seja o meu maior defeito que nunca tentei ficar ciente de verdade que sofria: Deixo as coisas passarem sem interagir.

Lembro certa vez que eu ía participar de um concurso para criar uma história do Sonic, mas acabei não entregando a tempo por sempre adiar o início do meu trabalho. Fiquei muito nervoso e depressivo, pois a ideia de história que eu bolei era muito boa e por causa da falta de iniciativa da minha parte, ela nunca viu a luz. Isso é um problema antigo: Pois já tinha quando era criança, minha adolescência então nem se fala e parece perpetuar na minha vida adulta. É triste saber que muitos grandes sonhos idealizados por mim nunca se realizaram, não porque eram impossíveis e sim por ter me tomado numa inércia sem fim.

Somados a isso, procurei no exterior respostas que só eu poderia responder. Ou seja, em vez de seguir o meu destino, acabei perdendo tempo ouvindo fofocas de mim de terceiros, corri atrás de alguém que só fazia me desprezar e tentava ser reconhecido pelos outros, fracassando miseravelmente.

Então o que sobrou para mim? Culpar a minha formação acadêmica que foi péssima e até hoje não sei como tenho o 2º grau? Lastimar pelo meus irmãos mais velhos que nunca se uniram e que só fazia brigar ao invés de estudar, sem nem interessar em fazer um curso superior? Ou então queixar de nunca ser ouvido pelo outros, sendo apenas taxado de chato, maluco ou tarado? Bem... isso seria o caminho mais prático e cômodo para mim para justificar os meus 30 anos sem ser nada nessa vida. Mas aí, cairia na mesma armadilha que a minha mãe, meus irmãos e acho que mais da metade da população mundial que usa para continuar na mesma coisa.

Na verdade, isso aqui é um desabafo de uma pessoa que perdeu paixões, perdeu oportunidades, perdeu momentos únicos... mas que agora está cansado de tanto ficar parado nos trilhos sem decidi se sai ou não para enfrentar os obstáculos da vida e não deixar ser atropelado pelo trem...

Pois posso ter perdido várias batalhas, mas ainda não perdi a guerra.

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